sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Definitivo

E dessa vez é definitivo.
Mesmo? E além disso, o que mais é definitivo pra você?

É definitivo que o amo com tudo que eu conheço sobre mim. O amo quando me deito, nos meus sonhos e com a saudade que sinto ao retomar a consciência, agora tão febril. É definitiva a saudade massacrante. Por Deus! Como pode caber tanta falta dentro de um ser humano? 
Passo pelo colorado, e definitivamente meu coração despenca até o dedão do pé. Não sei onde fabricaram tanto carro igual ao seu, pratas. No jantar da família só tem coca-zero. Tomo um copo inteiro, e fico aqui passando mal porque eu nunca vi nada com o gosto tão amargo. Coca zero combina com a dor que eu sinto, amarga. Tento explicar tu-do racionalmente, mas já superei a razão há muito tempo quando decidi te amar com toda a minha lógica também. Desculpa se você não compreende o fato de que te amo inteiro.
Fecho os olhos e vejo trocentos flashes de todos os momentos. Lembro do sorriso, da voz, dos olhares, das mãos no volante, dos beijos, das conversas, das músicas, dos micos, das pintinhas, do cheiro. Definitiva a tristeza que eu sinto porque não posso reproduzir esse cheiro em nenhum lugar da face desta terra
Definitiva a solidão que me machuca tanto porque me sinto sozinha nesse barco, sozinha no que eu sinto, irremediavelmente só porque ninguém mais tem alguma noção do que existe dentro de mim além de ti, e onde está você? Você se foi. 
Definitivo que me esquecerás, é seu direito e obrigação do tempo. E isso me transtorna. Algo tão bonito não deveria ser esquecido jamais, algo tão bonito devia ser vivido de todas as maneiras já inventadas, e deveríamos inventar outras novas maneiras de explorar tanta beleza num amor, é o que a minha lógica - para ti deturpada - sempre me disse. 
Se houvesse alguma coisa que eu pudesse fazer para me arrancar dessa terra desolada onde viver significa forçar a ruptura de uma raiz com quê de eternidade, onde a minha própria promessa de respeito - agora vã - me é cobrada e martelada, essa terra que atrasa cada hora do relógio, e me diz que é só o início do resto da minha vida sentindo saudade... Se eu pudesse simplesmente desistir... Será que eu o faria? Eu desistiria de amar um príncipe para amar ninguém?

É definitivo que meu blog voltou a ser só meu, e é definitivo que se você está aqui lendo tudo isso deveria me ligar e definitivamente amar o amor da sua vida. Mas você ligaria? Não, né? 

É definitiva a necessidade de pensar que a realidade tem outro nome, outra pessoa, outras vontades.
Você se foi. Você quis ir. Definitivamente.
Dói.

Você me ama?

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