terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Quero gritar.

Leee John suavemente arranca meu coração e o estraçalha. 
Quero gritar. Quero ver se, caso eu grite, tudo que eu sinto é posto pra fora de mim. Alguém conseguiu por em explicações científicas essa dor que se sente na alma e estende-se pro físico? Alguém explica porque eu não consigo comer de jeito nenhum?
Mesmo com todo pessimismo do mundo, ele não te prepara para esse pior esperado. O chão sai dos seus pés, todas as lágrimas do planeta água saem dos seus olhos, e seu coração reclama atenção, doendo a cada sístole, sangrando a cada diástole. 
O pior de tudo é ter que continuar. É saber que não existe nada que eu possa dizer ou fazer. Juntar todas as coisas e jogar fora é só um símbolo inútil, eu que guardo recordações de tudo já acho o suficiente a marca que isso deixará no meu coração. Sou palavra, fui arrematada por elas, e eu sei, verdadeiras eram. 
Quero dormir. Mas quero não acordar a cada hora. Quero não sonhar e acordar pra perceber que eu criei um novo momento entre nós. 
Quero descobrir onde está essa tal decisão que eu preciso tomar pra 'não sofrer'. Não consigo enxergar dessa maneira. Dói, dói, dói, até o dia que a dor fica impregnada ao ponto de não incomodar tanto.
Quero evitar inglês, o sorvete Haagen, todos os lugares que fui. Quero mudar de cidade, de memória, de coração. 
O que perdi pra mim é muito maior do que eu pensei. O tanto que eu queria é muito maior do que eu supus, e agora o tanto que eu sofro é do mesmo tanto que eu amo, incondicionalmente. 
Sinto medo. 
Quanto tempo até passar? 
Saudade. A saudade da minha vida.
Quero gritar.

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